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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Capítulo II

Não demorou muito para as outras autoridades estarem no local do assassinato, Stanford prestou vários depoimentos, preencheu várias fichas, e foi liberado. Seu distintivo e seu cargo de detetive foram tomados devido à decisão de Morgoni e Aleff.
Chegando em casa o detetive sentou-se em sua mesa e ficou observando o pedaço de papel, junto com um calendário que havia ganhado na delegacia. Ele fazia suas anotações em um bloco de notas.

Dia 22/04/1986 morte de Gordon, dia 15/061988 morte do presidente da polícia Alfred Navarro e chefe da polícia Carlo Menezes, dia 11/07/1988 “?”.

A última data formava uma grande incógnita na cabeça de John. Mas ele sabia que as autoridades da cidade estavam sendo assassinadas uma por uma, e a próxima data estava próxima, e ele precisava descobrir que seria assassinado.
Pegou seu telefone discou, chamou, chamou, até que atenderam:
- Alô? – uma voz grossa e cansada perguntou.
- Sr. Morgoni?
- Sim, sou eu. Quem fala?
- Aqui é o detetive, bom, ex-detetive Stanford. – ele corrigiu.
- Ah sim! Oi Stan – era como ele o chamava - , por que me liga a esta hora da noite? Já não basta os acontecimentos de hoje, você ainda pretende perturbar a minha paz? – O ministro indagou zangado.
- Não senhor, preciso me encontrar com você e com o Cardial Aleff – as duas autoridades que ainda corriam risco alem dele.
- Agora? Sinto muito, mas não tem como. – recusou o ministro.
- Mas meu senhor, é muito importante. Vidas estão em jogo. Não podemos perder tempo algum!
- Vidas? Mas que vidas Stan? Vamos, desembuche! – disse o ministro alterando o tom de voz.
- Sua vida e a Vida do Cardial.
- Como assim a minha vida e a vida do...
- Senhor! Isso não é assunto para se tratar no telefone – exclamou o detetive interrompendo o ministro – temos que nos encontrar o mais rápido possível. E o cardial tem que ir junto.
- Está certo, vou ligar para Aleff, nos encontre em uma hora na estação rodoviária de Virdock.
- Tudo bem, até já.
- Até. – pronunciou Morgoni finalizando a chamada.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Capítulo I

A calma cidadezinha de Balley no norte da Inglaterra estava chocada com a morte do Senador Gordon Cavalerri. Gordon era um político justo que acreditava no potencial do povo e na paz privada da cidade.

Alguns acreditavam que ele teria sido assassinado, outros diziam que ele morreu de taque cárdia. A verdade era que nem os melhores médicos, e as principais autoridades da cidade, conseguiram decifrar o acontecimento. A única pista que eles possuíam era o corpo de Gordon jogado na linda sala de jantar da sua mansão. Gordon não possuía parentes, então suas coisas ficaram pertencendo ao governo inglês.

Passou-se muito tempo depois da morte do senador, todos da cidade já haviam esquecido o acontecimento, a perícia já não tinha mais evidencias para serem investigadas, porém, uma pessoa ainda estava ligada fielmente ao caso. John Stanford, detetive da polícia de Balley, melhor motorista da cidade, já exercia a função de detetive a muito tempo, para ser mais preciso, à vinte e sete anos. Nunca deixou de concluir um caso, sua vida era o seu trabalho. Vivia a disposição do povo de Balley, mas nunca tinha visto um crime tão perfeito, ou uma morte natural tão pacata, e aquilo mexia com ele.

Como Stanford trabalhava sozinho, aquilo favorecia a não esquecer o caso, mas nem todo mundo apoiava o empenho dele a um fato tão antigo, sendo assim o conselho da policia de Balley convocou uma reunião para decidir o futuro de John na policia.

- Sentem-se, por favor. – assim disse o presidente da cidade para os vários personagens da policia que ali se encontravam, entre eles, estava o detetive. Com seu longo chapéu que mais parecia uma cartola negra, e seu casaco sobretudo bege que começava no pescoço e descia até o fim de suas longas canelas. Ele removeu seu chapéu da cabeça, e se sentou.

- Estamos aqui hoje, para decidir o futuro do detetive John Stanford na policia de Balley.Eu, junto com o Ministro Morgoni e o Cardial Aleff, além do chefe de policia Carlo Menezes, debatemos muito, até chegar na conclusão de que o caso de Gordon Cavalerri seria dado por encerrado à dois anos atrás, e que ninguém deveria permanecer insistindo em possíveis causas para a morte de Cavalerri. – nesse momento o detetive esbanjou caretas, pois sabia que todos haviam esquecido e abandonado o caso, mas não tinha sido informado de que não poderia continuar investigando, afinal, ele é um detetive e é isso que os detetives fazem, investigam.

Palavras iam palavras vinham, até que todos decidiram afastar temporariamente o detetive Stanford de seu cargo. Ele não deu uma só palavra sobre a decisão.

Já era hora de todos saírem da sala quando de repente três homens com mascaras de palhaço e roupas negras que cobriam seus corpos de cima a baixo entraram na sala de reunião quebrando todas as seis longas janelas que ficavam na parede em que dividia o prédio e o nada. Estavam armados até os dentes. Stanford conseguiu vê-los milésimos antes da invasão, e conseguiu correr. Foi até um armário que ficava em frente à porta da sala e se escondeu. Ficou ali, quieto, assistindo a morte do presidente, e dos seus colegas de profissão.

O alvo principal dos homens era o presidente, claro, sendo assim foi o primeiro a ser morto. Os outros foram mortos como uma espécie de brinde.

Ao fugirem, um dos assassinos deixou um pequeno pedaço de papel cair no meio daquela sujeira toda. Stanford percebeu. Assim que os três terminaram de pular pelas mesmas janelas por onde entraram, ele foi até a sala e apanhou o papel do chão, o abriu e se debateu com os seguintes números:

22 04 86, 15 06 88, 11 07 88

Foi ai que as perguntas começaram a surgir na mente do detetive. O que aquilo significava? Será que eles estavam ligados a morte de Gordon?Quem os escreveu?

Até que ele encarou o primeiro número e lembrou-se da data em que o senador morreu. Eram os mesmos. Fazia dois anos que ele não sentia aquela sensação, a sensação de obter uma nova pista. Uma pista para um caso esquecido, a morte do Senador Gordon Cavalerri.